Milho fecha misto na B3 com físico firme e queda do dólar

O mercado de milho encerrou a segunda-feira (20) com comportamento misto na B3, refletindo a combinação entre a firmeza dos preços no mercado interno e a queda do dólar frente ao real, que reduz a competitividade das exportações. As informações são da TF Agroeconômica. Segundo levantamento do Cepea, os preços do milho no interior do país seguem sustentados pela retração dos produtores, que permanecem focados na semeadura da safra verão 2025/26. Nos portos, os valores avançam acompanhando a valorização do câmbio e do mercado internacional, o que tende a impulsionar também as cotações no interior, já que eleva a paridade de exportação.

De acordo com a Conab, o plantio da safra 2025/26 atingiu 31,2% da área nacional até 11 de outubro, avanço semanal de 2,1 pontos percentuais e acima da média dos últimos cinco anos, de 30,7%. A estatal projeta produção total de 138,6 milhões de toneladas, o que representaria queda de 1,8% frente à safra anterior, reflexo de condições climáticas menos favoráveis e expectativa de menor produtividade.

Na B3, os contratos futuros fecharam de forma mista: o vencimento novembro/25 terminou a R$ 68,95 por saca, alta de R$ 0,55; janeiro/26, a R$ 71,57, leve ganho de R$ 0,02; e março/26, a R$ 72,92, avanço de R$ 0,12. Em Chicago (CBOT), o milho registrou leve valorização, sustentado pelo bom desempenho das exportações americanas. O USDA reportou alta semanal de 8,9% nos embarques, impulsionando o contrato de dezembro a US$ 4,23 por bushel (+0,18%) e o de março a US$ 4,37 (+0,11%). As informações foram divulgadas no início da manhã desta terça-feira.